Quero-te, como se fosses
a presa indiferente, a mais obscura
das amantes. Quero o teu rosto
de brancos cansaços, as tuas mãos
que hesitam, cada uma das palavras
que sem querer me deste. Quero
que me lembres e esqueças como eu
te lembro e esqueço: num fundo
a preto e branco, despida como
a neve matinal se despe da noite,
fria, luminosa,
voz incerta de rosa.
Nuno Júdice
6 comentários:
Excelente escolha!
o Judice é um poeta admirável.
Bjs
não é deste modo que quero ahahaahah
(desculpa)
quero e quero ahahahah
sem esquecer (não é para ti, sem más interpretações lololol)
(mais letras....)
"a voz incerta da rosa" é um verso que gostava de ter escrito!
mas prefiro "anoiteceres" com mais cores...
Como é bonito!
"a mais obscura das amantes"
"o teu rosto de brancos cansaços"
"num fundo a preto e branco"
No amor (que se tem e/ou que se quer, que se deseja) percorre-se todo o espectro de cores e emoções (alegria extrema, plenitude, saudade e sofrimento, certeza e incerteza), sente-se de tudo não é verdade?...
Beijinhos.
Obrigada JPD.
Teresa, o que queres tu?!
Seja feita a sua vontade, Herético:)
Obrigada Fotoescrita:)
Cláudio, sempre inspirado no comentário, obrigada:)
a todos beijinhos...
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